sábado, 21 de junho de 2008

Faltam dois...

Um tá logo ali em cima o outro tá lááááá encimão...

A Perfeição
(Clarice Lispector)

O que me tranqüiliza
é que tudo o que existe,
existe com uma precisão absoluta.
O que for do tamanho de uma
cabeça de alfinete'
não transborda nem uma fração de milímetro
além do tamanho de uma cabeça de alfinete.
Tudo o que existe é de uma grande exatidão.
Pena é que a maior parte do que existe
com essa exatidão
nos é tecnicamente invisível.
O bom é que a verdade chega a nós
como um sentido secreto das coisas.
Nós terminamos adivinhando, confusos,
a perfeição....

Porque eu me imaginava mais forte.
Porque eu fazia do amor
um cálculo matemático errado:
pensava que, somando as compreensões, eu amava.
Não sabia que somando as incompreensões
é que se ama verdadeiramente...

2 comentários:

Anônimo disse...

Desejo do fundo do meu coração de irmã apaixonada que você acredite nisso!!! E faça disso um dos seus guias!
Bjos!
Juli.

Renato Vargas Simoes disse...

E engracado esses poetas tentando explicar o Amor: jogam com as palavras em uma mistura de sentimentos que se confudem e, no final, se transformam de uma equacao matematica. Sei nao... Alias, eu acho que Amor nao existe. Essa coisa que dizem que e o Amor nao sei o que e. Essa coisa que dizem que e o Amor e uma coisa que nao tem explicacao. E uma mistura de impulsos eletricos que confundem a nossa cabeca e nos faz menos matematicos para que quando a gente le uma expressao daquela forma exposta, pensa que esta amando ou que ja amou ou que vai amar um dia. Enfim, sei nao... so sei que gosto de polemizar...